quinta-feira, 31 de maio de 2012

"Causo" - Aluna Aghata do 8º ano B


Dois “cumpadê” lá de Minas

Um dia num boteco de beira de estrada, dois cumpadê se reuniram para jogar conversa fora. O cumpadê Josivaldo então começou com suas lorotas:
- Ô! Cumpadê se num sabe o que aconteceu comigo homem! Nesses dias atrás, resolvi fazer umas caminhadas noturnas pelas estradas para saúde, se sabe como é né? E num dia desses, vi um cachorro do tamanho de um dinossauro e ele começou a correr atrás de mim e ainda por cima o bicho falava e sabia meu nome! Então, peguei um pedaço de pau que tinha ali e comecei a bate no bicho até  que consegui matá-lo! Sou um cara valente, não é?
- O loco cumpadê Josivaldo! Um dia desses vou chamar você para matar um bicho desses que tem lá em casa, que eu não agüento mais. Quando pego minha espingarda ele some por uns dois dias depois volta.
O cumpadê Josivaldo ficou com medo de ser verdade de seu cumpadê e nunca mais conto uma lorota exagerada desse jeito.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Lista de livros do Ensino Fundamental II - 2º Bimestre

6º ano - Meu Pé de Laranja Lima - José Mauro de Vasconcellos

7º ano - O Pequeno Príncipe -Antoine de Saint-Exupéry

8º ano - Revolução dos Bichos - George Orwell

9 º ano - O Diário de Anne Frank - Anne Frank

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Texto da aluna Luana do 8º ano B

Velas

As velas hoje, são muito pouco usadas. Antes usávamos velas para iluminar um ambiente na falta de luz, mas hoje elas são substituídas por lanternas, celulares e outras coisas que iluminam mais o ambiente e são mais práticas.
Hoje as velas são usadas em rituais religiosos, em orações ou até mesmo em jantares românticos. Mas uma coisa  muito útil nas velas é que você só precisa acender uma e, com ela, pode acender as outras, e assim por diante. E esse "trabalho" de acender as velas apagadas ou colocar luz nas que ainda não acenderam é o trabalho dos nossos amigos mais verdadeiros e da nossa família. A nossa luz é a nossa força para continuar. E é o que essas "velas" nas nossas vidas fazem: nos dão força para continuar, assim, compartilham a luz que elas têm e nos deixam mais felizes, nesse caso, mais iluminados que antes.
Outra coisa que fazemos com as velas é usar a que acendemos para derreter o fundo das outras, para fixá-las no prato e não as deixar caírem. Aí está outra função dos nossos amigos e da nossa família: nos manter com os pés no chão e não nos deixar cair. E aqui vai a minha pergunta: Você já foi a vela da vida de alguém? 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Poesia do aluno Felipe Martin Paro do 7ºA, com o tema: "Para viver bem a adolescência"

Adolescência 

Adolescência...
uma fase louca.
Para os pais, 
a paciência é pouca.

Adolescência
amigos velhos
e os novos também.
Fazer amizade,
para aumentar a felicidade.

Ir ao cinema,
ou na lanchonete.
Ir ao restaurante
e pedir uma omelete.

Nadar com os amigos,
Ir a praia,
pegar frieira,
Logo depois, jantar ao redor da fogueira.

As brigas evitar.
Com os bons amigos ficar.
A boa companhia é a melhor opção,
e às más, não dê atenção!


terça-feira, 1 de maio de 2012

O amor por entre o verde


Não é sem freqüência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos puxados para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, 16, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo velhas árvores que por ali espaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam. 
Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar-lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam à posição inicial e se olham nos olhos, e ela afasta com a mão os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e meticuloso beijo. 
Que será, pergunto-me eu em vão, dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar à janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos?
E se prosseguirem se amando, pergunto-me novamente em vão, será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era exatamente aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado?
É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que freqüentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram.
E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.
(Para viver um grande amor - Vinícius de Moraes)