quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Causos" - Maria Eduarda - 8º A

A raposa, o coelho e o mentiroso

- Mas bem nesse momento... - relatava José á Seu Alfredo, dono do bar ali da esquina.

- Espera, espera, espera! - interrompeu Seu Alfredo - Comece tudo de novo, você está falando muito depressa, sô!

- Veja, eu estava no rancho do meu cunhado quando ouvi ruídos vindos da mata próxima de onde eu estava, entrei em meio as folhagens e me dei com a seguinte situação: um coelho tentava entrar em um pequeno tronco de árvore oca, procurando se esconder da raposa gigantesca (a maior que eu já vi, na verdade) que tentava devorá-lo. Meus instintos me disseram que eu deveria fazer algo, então pulei na frente da raposa, fazendo-a mostrar os dentes para mim. As árvores altas e robustas bloqueavam a entrada de sol naquela clareira, o que deixava tudo mais amedrontador, mas eu reuni coragem e continuei ali. A raposa se ajeitou para atacar e lentamente eu fui recuando, mas bem nesse momento ela pulou contra mim no mesmo instante que eu, sem querer, enfiava o pé em uma poça de água (por mais incrível que pareça) estonteantemente cristalina.

- Mas, - interrompeu novamente Seu Alfredo - como é possível uma água tão clara em uma floresta tão imunda?

- Você já vai descobrir, deixe-me continuar: então, coloquei os braços ao alto, protegendo minha cabeça, mas de repente um escudo apareceu em minha mão direita e uma lança na esquerda. A raposa deu de frente com o poderoso escudo, e com a lança, eu a matei.

- Mas de onde veio tudo isso, uai?

- Só tem uma explicação: a água era mágica. Eu tentei apanhar um bocado com um copo, mas toda vez que eu o encostava na água, a mesma virava gelo! Enfim, peguei a raposa e eu e meu cunhado decidimos prepará-la e a comemos na janta. Estava uma delícia!

- E o coelho? O que fez com ele? - perguntou Seu Alfredo, intrigado.

- Está lá em casa! Eu o trouxe como mascote para minha filha.

- E eu posso dar uma passada lá na sua casa qualquer dia para ver o sortudo coelhinho?

- Claro, claro, quando quiser! Mas agora Seu Alfredo, tenho que ir, vou buscar minha filha na escola, até outro dia - disse José se despedindo.

Então saiu as pressas do bar e foi ao petshop mais próximo. Eles provavelmente teriam coelhos lá.

terça-feira, 10 de abril de 2012

"Causos" - Aluno Paulo Henriques 8º ano C

PEIXES

Era uma manhã linda do dia 1º de abril, Antônio e Geraldo se encontram na lagoa de sua cidade, Mentirópolis.

Antônio disse:

- Vixe Geraldo, você não tem noção do que está acontecendo em casa…

- Pode falar companheiro! – disse Geraldo.

- Estão tendo muitas infiltrações, quase que me inunda tudo, próxima vez nem vou pescar…

Geraldo pensou, pensou e disse:

- Pois então deixe inundar, poderemos pescar e ver TV ao mesmo tempo…

-Boa ideia – mandou Antônio, que não tinha muita noção.

Dias depois, Geraldo combina com Antônio de ir à sua casa, mas o combinado não deu certo.

Já era dia 10 de abril quando Antônio chega para Geraldo e fala:

- Geraldo, Geraldo…

- Fale Antônio, já estava preocupado com você, você não me dá notícias!

- É que eu tenho uma surpresa para você!

- Pois então pare de enrolar…

- Ontem Geraldo, eu pesquei 999 peixes…

- Impossível, e outra, se isso é mesmo verdade, arredonde logo para 1000.

- Ora Geraldo, você acha que eu vou passar por mentiroso por 1 peixe…

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Resumo do filme "Narradores de Javé" Giovana Ortiz de Camargo Ferreira - 8º ano B


Proposta:

v Observar quem narra a historia.

v Observar a importância de cada personagem e o porquê que ele foi escolhido para narrar uma determinada parte.

v Observar os elementos do sertão.

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Resumo:

A história começa com alguns amigos em um indeterminado lugar, bebendo algumas cervejas e conversando. Zé, que narrava à história, comandava a cidade, era um viajante (ele ia à cidade, comprava as coisas e vendia para as pessoas do Vale) ele conta uma historia sobre uma cidade e seus habitantes. A história se passa no Vale de Javé, sobre onde havia caído uma enorme desgraça, os engenheiros da cidade iriam construir uma hidrelétrica. Por causa desta construção a cidade seria alagada. Lá as terras eram adquiridas não por documentos, mas sim através da canção, ou seja, você cantava as suas terras.

Para salvar a cidade eles tiveram a ideia de escrever a historia cientifica da cidade, pois a história falada, contada por eles, não valia nada. Muitas das pessoas que ali viviam eram analfabetas, Antônio Biá, era o único que sabia ler e escrever. Ele havia trabalhado no correio da cidade, mas como ninguém sabia escrever, não havia movimento. Estando prestes a perder o emprego, ele escreve muitas cartas, para todas as pessoas que ele conhecia na região, difamando as pessoas do Vale. O seu trabalho seria escrever o que as pessoas iam lhe contar.

Indalécio era o fundador do Vale, após uma guerra contra a coroa, ele comandou a retirada do povo corajoso que vivia nas terras tomadas pelo rei, seu interesse era no ouro que ali existia. Ele queria ir para longe dali, mas não sabia para onde. A única coisa que havia restado para eles era o sino da cidade.

O primeiro que Biá vai entrevistar é o Seu Vicentino, Vicentino conta ser parente do fundador, que este era um homem muito corajoso... Mas Biá acha que falta coisa nessa historia, então ele começa a inventar e exagerar (como nos contos que estudamos), mas Seu Vicentino não aceita essas alterações.

O barbeiro da cidade queria ter o nome no livro da historia da cidade, então ele tenta negociar com o Biá, mas acabam sendo interrompidos.

Maria Teodora, é a segunda entrevistada, ela conta que nessa época estava ocorrendo uma guerra contra a coroa, mas que ninguém dava importância a Maria Dina (todos os seus descendentes tem uma marca de nascença). Após a morte do líder do grupo, ela monta no cavalo e some por um dia e uma noite, ela guia o grupo até a terra descoberta e então ela canta as divisas do Vale de Javé.

Já outro morador disse que o líder não morreu em cima do cavalo, mas sim agachado com desinteria.

As casas do sertão eram feitas de barro e madeira. Biá ia em varias dessas casas para pesquisar relatos. Ele gostava de escrever com lápis, pois se errasse com a caneta, não havia como apagar. Todos apareciam para lhe oferecer historias, tanto que ele nem tinha mais como cuidar da sua própria vida. As roupas que as pessoas usavam eram simples e leves.

Em seguida dois irmãos, filhos de gêmeos, contam a história de seus pais e de suas vidas. Mas em vez de contar sobre a cidade, eles contam sobre a herança. Cada um tinha uma pasta com fotos, documentos...

Daniel, por sua vez, conta sobre o pai dele, mostra o quarto dele, fotos, etc. Quando ele era pequeno, viu o seu pai matar um homem e por isso nunca mais teve medo de nada.

Agora Biá entrevista um grupos de “negros”. Estes acreditavam que o Brasil, fazia parte da África. Na história deles o Indalécio era um africano e queria voltar para suas origens, mas não sabia o caminho. Havia também no lugar de “alguma das Marias”, uma guia e símbolo da água, chamada de Oxun. Ele se cala no meio da historia e se fosse para ele continuar teriam que esperar três dias. Samuel fazia a tradução do que o idoso e líder dos “negros” falavam.

Biá fica bêbado na primeira e na segunda noite, mas na segunda ele tem um sonho de que acontecia uma enchente na casa dele. Bem no dia seguinte é colocado uma placa, no meio da praça central e os engenheiros já estavam na cidade.

O matador estava sempre bêbado e falava mal do Vale de Javé, como se não tivesse importância. Havia um homem da cidade que trazia consigo uma filmadora. Todos deram a ele depoimentos defendendo sua terra e dizendo que não iriam a deixar.

De repente Daniel aparece com uma arma para defender todo mundo que ali morava. De pouco em pouco, as pessoas que ali viviam iam embora e um homem “louco” toca o sino, ele não estava acostumado a falar, então ele mal tinha voz. O Zé volta da cidade e todos combinam de se encontrar no armazém, para ouvir o que o Biá havia escrito. A noite não há nem sinal do Zé, apenas um menino chega trazendo o livro e um bilhete de Biá. O livro estava em branco, então eles vão atrás dele e o arrastam até o Vale.

Todos pedem uma explicação, então Biá decide falar a verdade: “Que os engenheiros não iriam parar a obra por causa de um grupo de semianalfabetos”. Todos ignoram o que Biá diz, o tempo passa e eles são obrigados a assistir a cidade ser alagada. Biá volta, chora, pois se sente culpado pelo o que aconteceu, pois ele nem tentou salvar o Vale.

Ele se senta em um barco e começa a escrever desesperadamente no livro. Todos começam a contar o que haviam feito depois que a cidade foi alagada. Era como voltar ao começo da historia.

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Conclusão:

Independente de Biá ter escrito antes ou depois a historia, não adiantaria em nada, pois o livro não seria oficialmente aprovado como documento. Ele começa a escrever a historia depois da cidade ser alagada, pois sem aquele livro, as pessoas poderiam deixar de acreditar até na existência do Vale de Javé. Também vemos que cada personagem conta a historia exagerando de forma que contasse vantagem para o seu lado, como em um conto de pescador.

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Em relação ao que aprendemos:

Este filme associa a narração que aprendemos, com o exagero do conto.